Quantas vezes
você não já falou essa frase? Ao decorrer da vida é inevitável que tais fatos
aconteçam. Amigos que vem amigos que vão. Muitos deles passam por nossas vidas e
o tempo leva, o contato diminui e pouco a pouco se apaga, mas a lembrança não,
a lembrança permanece intacta, com os bons e velhos momentos, aqueles que nos
fazem sorrir, e também aqueles que nos fazem lamentar. E há os mais recentes,
os amigos que considerávamos de maneira especial, que dizíamos amar e tínhamos
um carinho sincero.
Por que usei o
pretérito? Porque a decepção magoa, a falta de atenção distancia, o pouco caso
dói, e a falta de procura machuca.
Há pessoas que
sinceramente é difícil de entender, um dia te ama e te considera um irmão, te
abraça, te escuta e te conforta. Outro dia te esquece, não te chama, não te
acolhe. É fácil falar, é fácil chegar num momento e estar ao teu lado. Difícil
é te procurar e querer saber o seu estado só para se sentir seguro, porque o
bem estar daquele que se ama, também é o nosso conforto. Tive amigos que
considerei irmão de alma, irmão de coração, e a reciprocidade era vista de
maneira clara, pelo menos na minha inocência. Quem some, quem não procura, quem
não chama, quem não vai atrás, não se importa. Essa história de orgulho é
forte, bloqueia, empata, impede, mas amizade é força, amor perdoa, quem sente
falta procura, quem se importa busca.
As falhas
existem, não são raras, nem poucas. Ninguém é perfeito, defeitos existem e isso
é natural. Mas a insistência mesmo que não percebida prontamente, diminui o
sentimento e a confiança que pouco a pouco enfraquece. O laço se torna frágil,
o que fere, perdoa, mas não se é esquecido.
Pode demorar,
mas um dia a gente vê, a gente vê quem nos procura, a gente vê quem se importa
de verdade, a gente enxerga os verdadeiros, os que vão estar ao seu lado e
deixamos os fictícios para trás. Um dia
a gente cansa de ir atrás, a gente cansa de esperar, a gente cansa de ir à
busca do que não tem direção certa.
"Um dia a gente cansa de ir atrás..." - Cara, foi exatamente o que eu fiz. Amei (e ainda amo) um amigo, daqueles que a gente aceita como verdadeiros, mas de uns dias para cá tudo mudou de repente. Com o tempo eu cansei e estou aprendendo a viver sem ele, mesmo que seja bem triste (pelo menos para mim, é). O que eu faço agora é esperar que o tempo traga alguém que permaneça para sempre. Ah, estou falando de amizade... para mim, um lindo tipo de amor.
ResponderExcluirKéssia, parabéns pelo texto. Beijos
Obrigada Ana, e eu entendo perfeitamente cada palavra dita por ti agora, porque vivi exatamente esse tipo de amizade, e outras perdidas também, realmente um dia a gente cansa de ir atrás (por mais que isso doa bastante)...
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