Que nada se perca no vazio do silêncio...

em 26 abril 2013

Não sei se devo generalizar ou simplesmente questionar. Mas enfim, toda e qualquer relação é necessariamente complicada?

Complicada. Não sei se é o termo certo a se utilizar, mas, em relação à amizade, como tudo na vida, tem seus altos e baixos. E como tudo que escrevemos sai da mente e principalmente do coração, vamos aos fatos.

Creio que por mais que nos damos super bem com aquele amigo ou amiga, por mais que sejamos confidentes, companheiros, por mais que haja confiança e diálogo, nem tudo vai ser sempre cheio de arco-íris e confetes. A relação entre seres humanos geralmente já é por si só uma complicação, pensamentos diferentes, costumes diversificados, temperamento, caráter, paciência, compreensão, e um monte de coisas que faz parte de nosso ser.

Mas então, creio que desavensas podem surgir, nada mais natural do que um momento de desentendimento, discussão, ironia, estresse. Enfim, um amotoado de coisas que nos leva á alguma atitude e nos desentedermos. Mas bem, com um colega, um conhecido, a gente birra, a gente briga, a gente tem raiva, a gente se afasta, a gente ignora. Mas com um amigo? É diferente, bem diferente, concordam?

A gente bate boca, até grita, se estressa, xinga horrores por frente, por trás, mentalmente, ás vezes fica até sem falar um tempo. É o calor do momento, é o estresse, é a raiva, é o orgulho. Mas veja aí, amizade não é uma palavra qualquer, não é um sentimento qualquer que a gente pisa e joga fora, muito menos por bobagens. Alguma hora a gente põe o orgulho no bolso, engole a raiva e põe o sentimento para fora. A gente conversa, a gente desabafa, a gente alivia por dentro, tira um peso da mente e principamente do coração.

Nada de meios termos, nada de meias palavras, nada de pedaços. Aliás, o sentimento de amizade é isso, aceitar os defeitos e perdoar os erros.

Nada se perde por bobagens, nada pode se perder sem explicação, o que não for para ser não será, o que for para ser, que seja. E o que quebrou? A gente conserta.

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